Giuseppina Pirro: entre uma trajetória plural e invisibilidade historiográfica
Palavras-chave:
Giuseppina Pirro, Arquitetas Invisíveis, Desigualdade de GêneroResumo
A partir do estudo da atuação de Giuseppina Pirro, o artigo discute o lugar da mulher arquiteta no campo profissional brasileiro entre 1940 e 1990, especialmente no do Rio de Janeiro, bem como problematiza o apagamento de determinadas trajetórias profissionais femininas pela historiografia canônica da arquitetura e do urbanismo no Brasil, confrontando-a com a projeção e inserção institucional da arquiteta em seu tempo. Imigrante italiana formada em arquitetura, Pirro teve uma extensa e intensa atuação no campo arquitetônico, local, nacional e internacionalmente, conquistando autonomia e estabelecendo uma ampla rede de sociabilidade profissional, apesar de pouco ou nada sabermos sobre ela a partir da historiografia especializada. Por fim, busca-se dialogar e contribuir com o campo de pesquisas sobre gênero na profissão, aprofundando o entendimento sobre o lugar da mulher arquiteta no período e seus embates, em um momento de formulação e consolidação de um modo de operação profissional individual e coletivo, presente de certo modo até hoje na prática brasileira.
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