Os limites do corte. Ensaio sobre representação gráfica

Autores

  • Beatriz Costa Hoyos ESCOLA DA CIDADE

Resumo

A representação da realidade de modo geral, extrapolando o campo da arquitetura, necessariamente parte de uma pressuposição e objetivo; escolhas definem a leitura do objeto a ser representado. Toda e qualquer linguagem passa por um filtro de intenção e decisão. A representação se configura como síntese deliberada, opera para responder a interesses e produzir informações específicas, nada é feito ao acaso. A realidade, por sua vez, é aberta a infinitas leituras. A representação do real, portanto, pode ser também interpretada, traduzida e produzida de infinitas formas, tão plural quanto os seus significados. Partindo da dualidade entre a infinitude do real e a síntese necessária da representação, principalmente quando se trata de arquitetura, é passível de questionamento quais as possibilidades de potencialização da ferramenta de representação bidimensional para que contemple mais elementos da dita realidade. Qual é o limite da representação? Até que ponto os códigos e padrões são suficientes? Este ensaio procura incitar a discussão sobre a forma que se produz informação e sobre sua normatização, principalmente na arquitetura, colocando em questão um possível limite dos horizontes das ferramentas gráficas padronizadas tal como são utilizadas hoje.

Referências

LEWIS, Paul; TSURUMAKI, Mark; LEWIS, David J. Manual of Section. Nova York: Princeton Architectural Press, 2016.

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Publicado

31-10-2018