Sete mundos d’água: o tempo canalizado
Resumo
Esse ensaio é uma ramificação do livro “Sete mundos d’água: histórias imaginadas sobre tempo-espaços reais”, produzido em 2019 como trabalho de graduação para a Escola da Cidade e orientado por Joana Barossi. A pesquisa parte de duas premissas: a primeira, de que tempo e espaço são forças interdependentes e indissociáveis; e a segunda, de que a noção de tempo-espaço é múltipla, e essas diferentes formas de lidar com o tempo podem gerar diferentes espaços. A partir disso, o livro apresenta sete capítulos inspirados em sete expressões de tempo predominantes. No fluir das histórias imaginadas, desaguam reflexões sobre nossa relação com o tempo. Como lidamos com o tempo ao criarmos espaços? Se desenhamos cidades, desenhamos tempos? Quantos espaços existem no nosso tempo e quantos tempos no nosso espaço? O ensaio apresentado aqui é uma adaptação do capítulo “Canal”, que abre o percurso do livro a partir da ideia de tempo linear, cronológico e progressivo. À margem do rio, aonde é possível molhar o pé antes de arriscar um mergulho mais profundo.
Referências
ÁBALOS, Iñaki. A boa-vida: visita guiada às casas da modernidade. Barcelona: Gustavo Gili, 2003.
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CRARY, Jonathan. 24/7: o capitalismo tardio e os fins do sono. São Paulo: Ubu, 2016.
KATO, Shuichi. Tempo e espaço na cultura japonesa. São Paulo: Estação Liberdade, 2012.
KRENAK, Ailton. Ideias para adiar o fim do mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.
LIGHTMAN, Alan. Os sonhos de Einstein. São Paulo: Companhia das Letras, 1993.