A situação do operário na construção civil: especulando soluções sob ótica da arquitetura

Resumo

Este artigo refere-se a duas iniciações científicas que levantam problemáticas sobre o canteiro de obras, com a intenção dupla de expor a situação do operário nesse ambiente e, ao mesmo tempo, refletir sobre a inserção social do arquiteto dentro desse contexto. Cada pesquisa perscruta mais a fundo um caso específico: a pesquisadora Rafaella Luppino estudou a situação do operário e do arquiteto no Terminal 3 do Aeroporto Internacional de Guarulhos, e a pesquisadora Stela Mori repetiu o mesmo procedimento para o Centro Internacional Sara Kubitschek de Neurociências e Neurorreabilitação (RJ). Estas duas pesquisas foram comparadas para obter as bases teóricas para a conclusão dos dois trabalhos. Com isso, foi possível detectar, a partir da análise do contexto no qual cada arquiteto estava inserido, questões que auxiliaram ou prejudicaram ambos os arquitetos a humanizarem o canteiro de obras. O objetivo das duas pesquisas não era exaltar um canteiro de obras em detrimento de outro, mas refletir sobre as relações entre o arquiteto e o operário nos dois casos, para repensar essa relação na atualidade. Foi analisada a competência do arquiteto em intervir profissionalmente na situação do operário e se há pertinência em tal esforço.