LUGAR: como desprogramar uma sinagoga

Autores

  • Tamara Crespin ESCOLA DA CIDADE

Resumo

Este ensaio é uma reflexão sobre os múltiplos entendimentos do “ser judeu” contemporâneo, tomando o termo utilizado pelo filósofo austríaco-brasileiro Vilém Flusser (1920-1991). Configura-se aqui um espaço catalisador das diversas vertentes sobre a compreensão da condição existencial judaica e suas implicações no mundo material; pretende-se ainda, ressaltar o entendimento do ser judeu enquanto ser histórico, e distanciá-lo de ente temporal. Sendo assim, o objetivo é trazer à tona as diversas maneiras de se entender e de se reconhecer judeu dentro de uma cultura díspar e multifacetada. Parte-se, primeiramente, da centralidade fundamental que o espaço sinagogal possui na vida comunitária, religiosa, tradicional e cultural judaica, compreendendo a sinagoga (Beit Haknesset) não apenas como uma casa de rezas, mas também um lugar de estudos e centro comunitário. Procura-se tensionar, portanto, a pluralidade dos grupos judaicos dentro da própria comunidade – desde ultraortodoxos até progressistas – tendo sempre presente o conceito de “sinagoga”. Para finalizar, é necessário ressaltar que esse ensaio busca traçar maneiras positivas e afirmativas de reconhecer-se judeu em um contexto de diáspora.

Referências

FLUSSER, Vilém. Ser judeu. São Paulo: Annablume, 2014.

MANGUEL, Alberto. A musa da impossibilidade. Revista Serrote, São Paulo, n.6, p.33-47, nov. 2010.

MICHAELIS. Disponível em: https://michaelis.uol.com.br/moderno-portugues/busca/portugues-brasileiro/lugar/. Acesso em: maio 2021.

OZ, Amós; OZ-SALZBERGER, Fania. Judeus e as palavras. São Paulo: Companhia das Letras, 2012.

TARFON, Rabi. Pirkei Avot, 2:16. Disponível em: https://www.sefaria.org/Pirkei_Avot. Acesso em: maio 2021.

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Publicado

11-08-2023