Processo participativo de um projeto paisagístico para crianças com deficiência
Palavras-chave:
pesquisa participativa, processo de projeto, espaços públicos acessíveisResumo
Este artigo é um desdobramento do Trabalho de Conclusão de Curso que propôs uma experiência de processo participativo na requalificação de um parque localizado no Gama, região administrativa do Distrito Federal, destinado a crianças com deficiências. Aponta-se a importância de estudar metodologias de projeto mais eficazes para alcançar a meta da Agenda 2030 de fornecer acesso universal a espaços públicos seguros, inclusivos, acessíveis e verdes para pessoas com deficiência. O artigo busca sintetizar as características da pesquisa participativa por meio de revisão bibliográfica; entender as necessidades locais com elaboração do programa por meio de entrevistas e pesquisas participativas com os diversos agentes envolvidos; indicar diretrizes de ponderação; e descobrir a aceitação das propostas junto à comunidade e ao atual órgão público responsável pela área em estudo. A experiência permitiu compreender como o processo participativo gerou maior aceitação tanto do público usuário, como do público financiador, além de apontar novas metodologias e aprendizados aos estudantes de arquitetura e urbanismo.
Referências
ABBUD, B. Criando paisagens: guia de trabalho em arquitetura paisagística. 4. ed. São Paulo: Senac, 2006.
ABELSON, M. I. R. da S. As representações das crianças com deficiência sobre os parques infantis da cidade. 2012. Disponível em: <http://www.unicap.br/jubra/wp-content/uploads/2012/10/TRABALHO-53.pdf>. Acesso em: abr. 2017.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9050: acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Rio de Janeiro: Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2015.
AMARO, D. G. Indícios da aprendizagem de crianças com deficiência em escolas de educação infantil: roteiro de observação no cotidiano escolar. 2004. Dissertação (Mestrado em Psicologia) –Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2004.
CORNWALL, A.; JEWKES, R. What is Participatory Research? Social Science & Medicine, v.41, n.12, p.1667-1676, dez. 1995. Disponível em: <https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/027795369500127S>. Acesso em: abr. 2017.
CORRÊA, P. M.; MANZINI, E. J. Acessibilidade em parque infantil: um estudo em escolas de educação infantil. 33ª Reunião Anual da ANPEd – Educação no Brasil: o balanço de uma década, Caxambu (MG), out. 2010. Disponível em: <https://bityli.com/cpRXT>. Acesso em: jul. 2017.
DÍAZ, F. et al. (Org.). Educação inclusiva, deficiência e contexto social: questões contemporâneas. Salvador: EDUFBA, 2009.
DISTRITO FEDERAL. Perfil das pessoas com deficiência no Distrito Federal, Companhia de Planejamento do Distrito Federal, Brasília, 2013. Disponível em: <http://www.codeplan.df.gov.br/wp-content/uploads/2018/02/Perfil-das-pessoas-com-defici%C3%AAncia-no-Distrito-Federal.pdf>. Acesso em: 10 jul. 2017.
FREITAS, E. H., BUENO, L.M., Processos participativos para elaboração de Planos Diretores Municipais: inovações em experiências recentes. urbe - Revista Brasileira de Gestão Urbana, Curitiba, v.10, n.2, p.304-321, maio/ago. 2018.
GOBBI, M. Lápis vermelho é de mulherzinha: desenho infantil, relações de gênero e educação infantil. Pro-Posições, Campinas v.10, n.1, p.139-156, mar. 1999.
LOVE, K. Little Known but Powerful Approach to Applied Research: Community-Based Participatory Research. Geriatric Nursing, Maryland, v.32, n.1, p.52-54, 2011.
MACKENZIE, J.; TAN, P. L.; HOVERMAN, S.; BALDWIN, C. The Value and Limitations of Participatory Action Research Methodology. Journal of Hydrology, v.474, p.11-21, dez. 2012.
MATOS, J.; SCARAZZATO, P. S. A iluminação natural no projeto de arquitetura: revisão sistemática da literatura. PARC Pesquisa em Arquitetura e Construção, Campinas, v.8, n.4, p.249-256, 2017.
MEREDIEU, F. O desenho infantil. São Paulo: Cultrix, 1997.
MINISTÉRIO DAS CIDADES. Plano Diretor Participativo: guia para a elaboração pelos municípios e cidadãos, Brasília, 2004. Disponível em: <https://bityli.com/KvjN0>. Acesso em: 13 jul. 2017.
MONTENEGRO, G. N. A produção do mobiliário urbano em espaços públicos: o desenho do mobiliário urbano nos projetos de reordenamento das orlas do Rio Grande do Norte. 2005. Dissertação (Mestrado em Conforto no Ambiente Construído, Forma Urbana e Habitação) – Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2005.
NEVES, L. P. Adoção do partido na arquitetura. Salvador: UFBA, 1989.
NOVACAP. Acervo. Brasília, 2021. Disponível em: . Acesso em: jan. 2021
ONU BRASIL. Transformando nosso mundo: a Agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável. Nova Iorque, 2015 Disponível em: <https://bityli.com/erFxk>. Acesso em: jul. 2016.
PIAGET, J. Os pensadores. São Paulo: Editora Abril Cultural, 1983.
ROMERO, M. B. Princípios bioclimáticos para o desenho urbano. Vitória: Copy Market, 2000.
SAVIANI, I.; PINHEIRO, R. Formação em espaços lúdicos. São Paulo: Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, 2010.
SCHERER, A. S. O lúdico e o desenvolvimento: a importância do brinquedo e da brincadeira segundo a teoria Vigotskiana. 2013. Monografia (Especialização em Educação) – Campus Medianeira da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Curitiba, 2013.
SOUZA, C. M. L.; BATISTA, C. G. Interação entre crianças com necessidades especiais em contexto lúdico: possibilidades de desenvolvimento. Psicologia: Reflexão e Crítica, v.21, n.3, p.383-391, 2008.
TAKATORI, M. et al. O lúdico no atendimento de crianças com deficiência: uma reflexão sobre a produção cultural na infância. Estilos da Clínica, São Paulo, v.12, n.23, p.90-107, 2007.
TOMÁS, C.; FERNANDES N.; SARMENTO, J. Jogos de imagens e espelhos: um olhar sociológico sobre a infância e as crianças em Portugal. In: MULLER, V. R. (Ed.). Crianças dos países de língua portuguesa: histórias, culturas e direitos. Maringá: Eduem, 2011. p.193-227.
TRINCA, W. Investigação clínica da personalidade: o desenho livre como estímulo de apercepção temática. São Paulo: EPU, 1987.
