Estética del rapto

Autores/as

  • Matheus Martins Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo

Palabras clave:

Política, Estética, Jornadas de Junio

Resumen

Ante un antagonismo social renovado, desencadenado por las "Jornadas de Arrebatamiento" – como conceptualiza el filósofo Paulo Arantes – iniciadas en junio de 2013, este artículo discute los rasgos que componen una estética propia del levantamiento de la extrema derecha ocurrido en Brasil en los últimos años, caracterizado por el protagonismo del neopentecostalismo y una expresividad política teatral, que busca catalizar resentimientos morales y económicos sentidos ante una pauperización general de las condiciones de vida. Esta estética crea una retórica visual que, aunque no sea coherente, logra movilizar y ganar adeptos al evocar un repertorio que tiene adhesión en la realidad de aquellos que viven una cotidianidad urbana marcada por el “ajetreo”. En este contexto, donde la gramática de los derechos se ha desvanecido y la institución más presente es la iglesia, la noción de un Estado usurpador y una guerra cotidiana de todos contra todos – la ideología liberal – y la crítica a las “degeneraciones morales”, resuenan. Discutimos tres películas del “súper nuevo cine brasileño” que se sumergen en la vida cotidiana de los arrebatados, y aunque sean meras hipérboles ficcionales, sirven para discutir elementos de la transformación social narrada por un vasto trabajo etnográfico.

Citas

AGAMBEN, G. O que é um dispositivo. In: AGAMBEN, G. O que é o contemporâneo e outros ensaios. Chapecó, SC: Argos, 2009.

AMORIM, A. N.; FELTRAN, G. Ordem e progresso: expansão do mundo do crime e projetos de mobilidade. Novos Estudos Cebrap, v.42, n.1, p.21-38, 2023. https://doi.org/10.25091/S01013300202300010002.

ARANTES, P. O novo tempo do mundo. In: ARANTES, P. O novo tempo do mundo: e outros estudos sobre a era da emergência. São Paulo: Boitempo, 2014. [ebook] 453 p.

BBC NEWS BRASIL. Fogueiras de livros e lavagem cerebral: quem foi Goebbels, ministro de Hitler parafraseado por secretário de Bolsonaro. BBC News Brasil, 17 jan. 2020. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/internacional-51071094. Acesso em: 26 fev. 2024.

BECKETT, S. Esperando Godot. 1. ed. São Paulo: Cia. das Letras, 2017.

BEIGUELMAN, G. A pandemia das imagens: retóricas visuais e biopolíticas do mundo covídico. Revista Latinoamerica de Psicopatogia Fundamental, São Paulo, v.23, n.3, p.549-563, set. 2020.

BERNARDO, J. Arte e espelho 5. Passa Palavra, 2 abr. 2021. Disponível em: https://passapalavra.info/2021/04/136433/. Acesso em: 7 dez 2023.

DUNKER, C. et al. Para uma arqueologia da psicologia neoliberal brasileira. In: SAFATLE, V.; SILVA JR., N.; DUNKER, C. Neoliberalismo como gestão do sofrimento psíquico. Belo Horizonte: Autêntica, 2021.

FOUCAULT, M. Segurança, território, população. São Paulo: Martins Fontes, 2008.

GAGO, V.; GIORGI, G. Notas sobre las formas expresivas de las nuevas derechas: las subjetividades de las mayorías en disputa. Anuario de la Escuela de Historia Virtual, ano 13, n.21, p.61-74, 2022.

GUERREIRO, I. O futuro de junho hoje. Passa Palavra, 31 jul. 2023. Disponível em: https://passapalavra.info/2023/07/149292/. Acesso em: 7 dez. 2023.

HIRATA, D.; ROCHA, L. de M.; SANTOS JR., O. A. dos. Ilegalismos, controle territorial armado e a cidade: reflexões na perspectiva de uma agenda de pesquisa. Cadernos Metrópole, [S. l.], v.26, n.61, p. e6168000, 2024. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/metropole/article/view/68000. Acesso em: 23 mar. 2025.

IKEDA, M. O “novíssimo cinema brasileiro”. Sinais de uma renovação. Cinémas d’Amérique latine, 18 abr. 2014. Disponível em: http://journals.openedition.org/cinelatino/597. Acesso em: 20 dez. 2023. DOI: https://doi.org/10.4000/cinelatino.597.

KOWARICK, L. A espoliação urbana. São Paulo: Paz e Terra, 1979.

KURZ, R. O colapso da modernização: da derrocada do socialismo de caserna à crise da economia mundial. 3. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1993.

MANSO, B. P. A fé e o fuzil: crime e religião no Brasil do século XXI. São Paulo: Todavia, 2023. [ebook] 330p.

MORAES, A. et al. Junho: potência nas ruas e nas redes. São Paulo: Fundação Friedrich Ebert, 2014.

NUNES, R. Do transe à vertigem: ensaios sobre o bolsonarismo e um mundo em transição. São Paulo: Ubu, 2022.

PACHECO, R. Um golpe (bem) dado em nome de Deus. Intercept Brasil, 2 set. 2016. Disponível em: https://www.intercept.com.br/2016/09/02/um-golpe-bem-dado-em-nome-de-deus/. Acesso em: 20 nov. 2023.

PRIETO, G; VERDI, E. F. Irmãos na Terra Prometida: crime, igreja e regularização fundiária em São Paulo. Revista do Instituto de Estudos Brasileiros, São Paulo, Brasil, v.1, n.85, p.55–73, 2023. DOI: 10.11606/issn.2316-901X.v1i85p55-73. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/rieb/article/view/215451. Acesso em: 15 abr. 2025.

RANCIÈRE, J. O espectador emancipado. In: RANCIÈRE, J. O espectador emancipado. São Paulo: WMF Martins Fontes. 2014.

TELLES, V. da S. Transitando na linha de sombra, tecendo as tramas da cidade (anotações inconclusas de uma pesquisa). In: OLIVEIRA, Francisco; RIZEK, Cibele. (orgs.). A era da indeterminação. São Paulo, Boitempo, 2007.

TELLES, V. da S.; HIRATA, D. V. Ilegalismos e jogos de poder em São Paulo. Tempo social, v.22, p. 39-59, 2010.

WISNIK, G. ROLNIK, R. Instalar grades em palácios modernistas de Brasília seria um erro. Folha de S.Paulo, 23 jan. 2023. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/ilustrissima/2023/01/instalar-grades-em-palacios-modernistas-de-brasilia-seria-um-erro.shtml. Acesso em: 7 dez. 2023.

Publicado

14-05-2025