Obsessão infinita.jpg: como aproveitar ao máximo sua experiência em um museu

Autores

  • Camilla Monteiro Abdallah ESCOLA DA CIDADE

Resumo

O projeto surge ao reparar que a maioria dos visitantes não estavam interessados em apreciar as obras durante as visitas a exposições; estavam, porém, em busca do click perfeito. Intrigada, decidi explorar mais esse fenômeno, utilizando a fotografia como principal meio de aproximação, além de me apoiar no texto de Walter Benjamin, “A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica”, de 1936. Também analiso o contexto da indústria cultural em que os museus estão inseridos hoje em dia, pois muitas vezes as próprias instituições incentivam os visitantes a postar fotos de suas visitas nas redes sociais. Me aproprio da mesma linguagem e plataforma dos visitantes para postar meus registros, uma conta no Instagram (@obsessaoinfinita.jpg). O nome da pesquisa foi inspirado na exposição da Yayoi Kusama que ocorreu em São Paulo em 2014 e que foi postada milhares de vezes no Instagram pelos seus visitantes, o que acabou atraindo muito mais espectadores do que o previsto pela produção. Assim, juntei o nome dessa mostra com o tipo mais comum de formato de imagem, o JPG, justamente a extensão em que as fotos são mandadas para as redes sociais. Assim nasce a Obsessão infinita.jpg.

Referências

ARANTES, Otília B. F. Os novos museus. In: ARANTES, Otília B. F. O lugar da arquitetura depois dos modernos. São Paulo: Edusp, 1993. p.231-246.

BAUDRILLARD, Jean. O efeito Beaubourg. In: BAUDRILLARD, Jean. Simulacros e simulação. Lisboa: Relógio D´Água, 1991. p.81-96.

BELTING, Hans. O fim da história da arte: uma revisão dez anos depois. São Paulo: Cosac & Naify, 2006.

BENJAMIN, Walter. A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica. Porto Alegre: L&PM Pocket, 2017.

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Publicado

27-06-2021